
Nos municípios onde o poder público falha e não cumpre com seu papel, os primeiros a pagarem o preço pela ineficácia e ineficiência administrativa é a população que se vê privada de serviços públicos essenciais.
Em Nova Campina, o Barreiro e o Distrito de Itaoca, infelizmente se encontram enfrentando esse tipo de situação caótica e desumana, sem perspectivas aparentes de melhora.
O clamor dos moradores dessas localidades tem fundamento e exige solução imediata por parte do prefeito Eliel Santiago e de seu Diretor de Saúde.
Vejam bem meus amigos; não há médicos designados para atender os usuários da saúde, nem no Barreiro, muito menos na Itaoca. Isso mesmo, os pacientes estão sem o devido atendimento médico há exatos dois meses.
A situação é critica. O PSF obrigatoriamente deve contar com um profissional médico para completar a equipe de atendimento. É essencial que o programa funcione corretamente em suas unidades de origem desafogando o atendimento central.
O trágico dessa história é que o prefeito, o Diretor de Saúde e o Diretor de Finanças deram sinais claros que para esse ano (2010) novas contratações médicas estão descartadas. Com um pouco de sorte, talvez no inicio de 2011 (março)
Ainda faltam três meses para o final de 2010, somando-se aos dois meses anteriores, serão cinco meses, que o Barreiro e a Itaoca terão de suportar sem o atendimento de um profissional médico em suas unidades de saúde.
A gestão Eliel Santiago/Luis Tassinari deve achar tudo isso normal, que cinco meses é um curto período de tempo, mesmo porque eles próprios não se utilizam dos serviços públicos de saúde, uma vez que o povo de Nova Campina lhes pagam altos salários.
Para eles, tudo deve continuar como está, os moradores devem se dar por satisfeitos com o atendimento que vem sendo executado por uma enfermeira, duas vezes por semana no Barreiro e outras duas no Distrito de Itaoca.
Até pouco tempo atrás eram três visitas semanais à Itaoca, mas o atendimento acabou por ser reduzido.
O que causa certa estranheza e perplexidade é saber como estão sendo feitas as prescrições de medicamentos aos pacientes e usuários da saúde nos bairros, qual o procedimento que se adota em uma situação tão incomum como essa: Consultas médicas realizadas por enfermeiras.
A população teme ainda que ao final de três meses sem um médico para compor a equipe do PSF, o município acabe perdendo o direito a verba integral que o governo destina para sua manutenção e o caos na saúde aumente ainda mais.
Sem novas contratações de profissionais médicos pela prefeitura a perda é inevitável, não passa do mês de novembro, pois não haveria ninguém para se responsabilizar pela equipe do PSF.
Trata-se de um desrespeito com a saúde dos cidadãos da zona rural de Nova Campina. Os municípios devem planejar expandir o Programa Saúde da Família e não reduzi-lo. O que está ruim corre o risco de piorar.
A população dos bairros quer uma solução imediata. Não quer discursos e promessas vazias, não quer ver sua solicitação engavetada na morosa burocracia de uma gestão municipal que dorme em berço esplendido.
Os moradores não agüentam mais serem iludidos e tratados sem o devido respeito pelo prefeito Eliel Santiago e principalmente pelo Diretor de Saúde, Luis Tassinari, que parece não se importar nem um pouco com as dificuldades que os munícipes do Barreiro e da Itaoca vêem enfrentando.
Obs1. Não acreditamos que a administração Eliel Santiago/Luis Tassinari planeje alguma saída mirabolante ou mágica sem o amparo legal para evitar a perda de uma equipe do PSF. Jeitinho brasileiro no presente caso não funciona, pois é conhecido o rigor que os órgãos de controle se utilizam para fiscalizar e punir os espertos administradores que tentam burlar as regras referentes ao correto funcionamento do programa. A conferir.
Obs2. O povo acredita que se o vice-prefeito trabalhasse mais como Diretor de Saúde e menos como cabo eleitoral de um determinado candidato a deputado estadual os problemas teriam mais chances de serem resolvidos. O Departamento de Saúde requer muito mais que apenas uma hora de serviços diários.